Baraúna/RN: Trabalhadores de pedreiras protestam na RN-015




Na manhã de hoje (15), trabalhadores e proprietários de dez pedreiras de Baraúna queimaram pneus, galhos de árvores e expuseram faixas na RN-015 (especificamente no sítio Campestre), que liga esse município a Mossoró, para impedir o fluxo de veículos na via. Eles têm dois objetivos: protestar contra o Idema e chamar a atenção do Governo do Estado. 





O movimento começou por volta das 5h; pouco depois das 7h, a Polícia Militar foi ao local para tirar o bloqueio. A via está liberada, mas o protesto continua, avisam os pedreiros. 





Segundo os trabalhadores, as pedreiras trabalham há mais de vinte anos em terrenos que, embora próprios, não tinham documentação. Agora, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) concedeu a empresa cearense Itamil uma espécie de direito de uso dessa terra. 





As empresas baraunenses, então, foram expulsas do espaço onde produziam principalmente material para construção civil e cal. Dessa atividade, dependem diretamente mais de 200 famílias da região Oeste. São mais de cinco mil trabalhadores potiguares ligados a essa indústria de forma indireta. 





“O Governo precisa fazer alguma coisa. Só agora eles passaram a exigir a documentação, foi aí que a gente começou a dar entrada no Idema. Mas a licença demora demais para sair. Eu, por exemplo, solicitei há mais de um ano e ainda não recebi”, conta José Edson Campos, dono da Pedreira Campestre e um dois organizadores do movimento. 





Campos enfatiza o fato de que a terra não foi ocupada irregularmente pelos trabalhadores e empresas de Baraúna: “O terreno é pago, aqui não se trata de sem terra. Apenas a documentação que demora a chegar. Por isso, estamos sendo impedidos de trabalhar nas nossas próprias terras”. 





O Idema, por intermédio da assessoria de imprensa, disse a O MOSSOROENSE que a direção do órgão irá discutir o assunto para se pronunciar sobre o caso.





Fonte: Jornal O Mossoroense


Foto: O Câmera